Archive For The “Projetos” Category

FT232 RL Breakout – Conversor USB Serial TTL

O conversor é tipicamente utilizado na conexão de microcontroladores ao PC, via USB. Adicionando-se um conversor TTL-RS232 (MAX 232, por exemplo) facilmente obtem-se um conversor RS232-USB.


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Esquemático

Outros arquivos (GERBER, SCH e BRD) podem ser baixados aqui:

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Construa seu Próprio Monitor Cardíaco, um ECG simples

Este projeto vai ensinar você a criar o seu próprio dispositivo de monitoramento cardíaco, um ECG/EKG (eletrocardiógrafo) simples.

Nos Estados Unidos e no resto do mundo, milhões de pessoas perdem as suas vidas por problemas cardíacos. Estes problemas acompanham doenças como diabetes, estresse, etc. Antes de continuar a explicar a você o que eu fiz, gostaria de ALERTAR você. 500mA (mili-ampéres) em 220V irá destruir completamente o seu sistema nervoso (então alimente isso a partir de baterias!), verifique tudo duas vezes e a responsabilidade é toda sua.

OK! Eu acho que posso continuar agora. Este foi um trabalho estudantil de quando eu iniciei no campo da biomedicina. Para fazer o meu CV parecer melhor eu queria contruir alguma coisa nessa área e fiz um ECG. A primeira coisa que eu procurei fazer foi ir até o google.com e pesquisar por projetos similares. Lá eu encontrei um bom número de projetos sobre o assunto. Alguns para logar dados de pacientes com doenças cardíacas, alguns outros sistemas de monitoramento cardíaco futuristas e mais alguns feitos apenas por diversão, como o meu.

Vamos iniciar com a definição do que é um ECG e algumas coisas sobre ele (retirado de “Introduction to Medical Electronics Application”, por D. Jennings, A. Flint, BCH Turton, LDM Nokes):

“O coração humano pode ser considerado um grande músculo que bate apenas por contrações musculares. Conseqüentemente, estas contrações causam uma diferença de potencial. O estudo da medida do potencial produzido pelo músculo cardíaco é chamada de eletrocardiologia.
O campo despolarizante no coração é um vetor que altera a sua direção e magnitude através do ciclo cardíaco. A colocação de eletrodos na superfície do paciente determina a visão que será obtida desse vetor em função do tempo.

O esquema de posicionamento mais utilizada dos eletrodos é mostrada na Figura 1. Aqui, a diferença de potencial é medida entre os braços direito e esquedo, entre o braço direito e a perna esquerda e entre o braço esquerdo e a perna esquerda. Estas três medidas podem ser referenciadas como I, II e III, respectivamente. Este posicionamento foi desenvolvida por Einthiven, que determinou que conhecendo o estado das medidas dos sinais das  ligações I e II, o sinal que ia ser visualizado em III poderia ser calculado. E este é o princípio básico do posicionamento das ligações do ECG: a partir dos vários recursos disponíveis, a despolarização do coração pode ser calculada.

ECG Figura 1 Figura 1

 

Conseqüentemente, o sinal do ECG mostra ao clínico as formas de ondas elétricas associadas com as contrações dos ventrículos e artérias. Apartir de um ECG, o clínico pode determinar o tempo das contrações dos ventrículos e artérias e avaliar a magnitude relativa das polarizações e despolarizações ventriculares e arteriais. Esta informação pode permitir a identificação de pequenos bloqueios do coração. Depois de um ataque cardíaco, o ECG do paciente mostra alterações de sincronismo e forma de ondas, transmitidas através dos tecidos musculares. Estas alterações são associadas com danos cardíacos causados pelo ataques do coração”.

ECG Figura 2
Figura 2., diagrama de conexão

 

Depois desta pequena introdução sobre o ECG, vamos falar da descrição eletrônica. A maneira mais simples de explicar como isso funciona é fazer um diagrama de blocos.
O sinal que vem do corpo inicia sendo amplificado (este sinal é muito pequeno e fraco, variando entre 0,5mV e 5,0mV), filtrado (para remover o ruído), amostrado (para amostrar eu preciso de um conversor Analógico/Digital, conhecido como ADC) e então envio ao computador através de uma interdace RS232 (uma interface sem fio ou qualquer outro tipo poderia ser escolhida, mas a RS232 é simples e rápida para desenvolver).

Os primeiros dois passos são mostrado na Figura 3.

ECG Figura 3

Figura 3., Blocos ECG

Os amplificadores que nós usamos na engenharia de biomedicida, aquisição de dados ou qualquer outro lugar onde é interessante representar uma pequena flutuação de tensão sobreposto em um offset de tensão, são chamados amplificadores de Instrumentação. Estes amplificadores possuem uma grande CMMR (Commom Mode Rejection Ratio), o que significa que eles têm a habilidade de um amplificador diferencial em não passar (rejeitar) a parte do sinal que é comum nas entradas + e -. Os famosos produtores de amplificadores de instrumentação são a Texas Intruments e a Analog Devices. Eu utilizei um amplificador da segunda empresa, Analog Devices. O AD620, amplificador de intrumentação, e o OP97, amplificador operacional de alta precisão. Como eles precisam de uma fonte de tensão negativa, eu a gerei com o LTC1044 da Linear, conversor de tensão com chaveamento de capacitor, Figura 4. A tensão fornecida é 5V. O esquemático é mostrado na Figura 5, e mais detalhes sobre o seu funcionamento pode ser visto em seu datasheet.

EC Figura 4

Figura 4., LTC1044, gerador de tensão negativa

 

ECG Figura 5
Figure 5., ECG Esquemático do ECG

Os ruídos podem vir das contrações musculares, interferências da rede na faixa de 50-60Hz, ruídos do contato dos eletrodos, ruídos vindo de qualquer outro dispositivo eletrônico, etc. O filtro para a aplicação do ECG deve ser um filtro de corte (passa-alta e passa-baixa). Ele deve filtrar a faixa de 0.5Hz até 50Hz. Eu criei um filtro simples RC passa-alta e passa-baixa, conectados em série (apenas dois capacitores e resistores).

 

ECG Figura 6
Figura 6., Sinal do ECG

O ADC usado foi o interno da CPU Atmel, ATMega8. O código está aqui:

  1. .include “m8def.inc”
  2. .def temp = r16
  3. .equ CLOCK = 4000000    ; define frequency speed
  4. .equ BAUD = 9600    ; define baud rate of sending data
  5. .equ UBRRVAL = CLOCK/(BAUD*16)-1
  6. main:
  7. ldi r16, 0b00100000    ; configure the ADC
  8. out ADMUX, r16
  9. ldi r17, 0b10000111
  10. out ADCSRA, r17
  11. ; Stackpointer initialisation
  12. ldi temp, LOW(RAMEND)
  13. out SPL, temp
  14. ldi temp, HIGH(RAMEND)
  15. out SPH, temp
  16. ; Baudrate configuration
  17. ldi temp, LOW(UBRRVAL)
  18. out UBRRL, temp
  19. ldi temp, HIGH(UBRRVAL)
  20. out UBRRH, temp
  21. ; Frame-Format: 8 Bit
  22. ldi temp, (1<<
  23. out UCSRC, temp
  24. sbi UCSRB,TXEN    ; TX activate
  25. ADC:
  26. ldi r18, 0b00100000
  27. out ADMUX, r18
  28. ldi r19, 0b11000111
  29. out ADCSRA, r19
  30. loop:
  31. in r24, ADCSRA    ; check if ADC done
  32. sbrc r24, 6
  33. rjmp loop
  34. in temp, ADCH    ; fill the converted ADC value to temp
  35. rcall serout    ; send ADC value to RS232(to computer)
  36. rjmp ADC
  37. serout:
  38. sbis UCSRA,UDRE
  39. rjmp serout
  40. out UDR, temp
  41. ret

Os resultados podem ser vistos nas figuras a seguir. Eu utilizei o LabView para ver o ECG do meu coração.

 

ECG Figura 7

Figura 7. Resultado do ECG no LabView

ECG Figura 8

Figura 8. Resultado do ECG no LabView

ECG Figura 9

Figura 9. Este sou eu com os eletrodos (a imagem na camisa é o logo da Associação de Basquete da Bósnia)

ECG Figura 10

Figura 10. A placa do ECG criada por mim, frente

ECG Figura 11

Figura 11. A placa do ECG criada por mim, lado de baixo

Adaptado, com autorização do autor, por Eletronica.org.

Veja o original, em inglês, em http://www.e-dsp.com/how-to-build-your-own-heart-monitoring-device-a-simple-ecg/

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Interruptor Eletrônico Controlado por Som

Seu princípio de funcionamento se baseia na utilização de um simples microfone, capaz de gerar um sinal muito intenso devido à alta freqüência e a intensidade do som propagado pelo bater palmas ou estalar os dedos. Esse sinal deve ser interpretado por um circuito como um pulso de entrada que está ligado a um flip-flop, o qual será responsável por ligar ou desligar o interruptor do sistema. O desenvolvimento do projeto segue abaixo.

Introdução

Para a prática proposta, buscando sempre auxílio no conhecimento de trabalhos anteriores e integrando um pouco com as necessidades e tecnologias atuais, devemos projetar um sistema de controle que consiste em um interruptor eletrônico, o qual deve ser capaz de ligar e desligar um LED apenas com o Bater as Palmas da Mãos ou um Estalar de Dedos.

Seu principio de funcionamento se baseia na utilização de um simples microfone, capaz de gerar um sinal muito intenso devido à alta freqüência e a intensidade do som propagado pelo Bater as Palmas ou Estalar os Dedos. Esse sinal deve ser interpretado por um circuito como um pulso de entrada que está ligado a um flip-flop, o qual será responsável por ligar ou desligar o interruptor do sistema.

O desenvolvimento do projeto segue abaixo.

Desenvolvimento

Para apresentar o projeto, iremos dividir sua apresentação em partes:

1. Captação do som e filtragem

Para captar o sinal sonoro, usaremos como entrada para o circuito um microfone de eletreto. Seu diagrama esquemático é mostrado abaixo:

Figura 01: Entrada do circuito, com captação do som.

 

O microfone capta a vibração do ar provocado pelo som, transformando essa vibração mecânica em impulsos elétricos, produzindo ondas de mesma freqüência do som que o gerou. Ele está ligado em série com o resistor de 10k ohm para limitar a corrente que passa pelo microfone. É necessário também observar a polaridade do microfone.

Em seguida, o sinal gerado passa por um filtro que elimina a componente contínua do sinal (devido à tensão dc de 5V) e atenua parte da freqüência da fala, já que somente é desejável que o circuito seja acionado por ruídos muito intensos. Dessa forma, um capacitor de 200 nF já é suficiente para filtrar a componente contínua.

2. Amplificação do sinal e pullup

O som produzido por palmas gera sinais elétricos de amplitudes muito baixas no microfone de eletreto. Esses sinais precisam ser amplificados e nesse projeto se decidiu por um ganho de 330.

Figura 02: Estágios de amplificação

Observe que o nosso amplificador é inversor, desta forma o sinal entra no terminal inversor do amplificador. Logo, para uma resistência de 330k ohm na realimentação, teremos aproximadamente um ganho de 330.
Novamente, ao capturarmos o sinal no final do estagio de amplificação, teremos agora uma tensão de pico equivalente a cerca de 4 a 5 V.
Essa tensão de saída do comparador vai ativar um temporizador, que será explicado a seguir.Para garantir um disparo sem interferencia no trigger do nosso temporizador, conectamos um filtro de 680 nF e uma resistência de pullup de 10k ohm.

Figura 03: Filtro

    3. Temporização

O circuito do temporizador foi montado com um LM 555 configurado como um monoestável, já utilizado em práticas anteriores. Seu funcionamento permite elevar a tensão em sua saída para o valor da alimentação e mantê-la assim por um determinado período sempre que um pulso surgir na sua entrada de disparo (trigger). Nesse caso, a tensão de alimentação será de 5V, já que a alimentação do circuito é de 5V. Na saída do 555 teremos um flip-flop que será responsável por gripar o circuito em níveis lógicos 1 e 0, possibilitando ligar ou desligar o LED.

Na entrada do trigger do 555 foi conectada a saída do amplificador. Dessa forma, sempre que o microfone gerar um sinal elétrico capaz de disparar o 555, a saída permanecera por um período de tempo satisfatório ativada. Para que essa constante de tempo seja alcançada devemos calcular seus parâmetros de acordo com a fórmula apresentada abaixo:

T = 1,1 CR

Desejamos um tempo de aproximadamente 8 ms e escolhemos arbitrariamente um capacitor de 680 nF, temos que R deve ser igual a 10,7k ohm. Considerando esse valor, usaremos o valor comercial mais próximo e mais comum, que é 10k ohm.  Logo, o novo valor para o tempo será de 7,48 ms.

Figura 04: Circuito temporizador com CI LM555

Na saída do monoestável, conectamos mais um filtro de altas freqüência, o capacitor de 100 nF, e também implementamos um pulldown (resistor de 10k ohm ), buscando evitar que clocks indesejados apareçam no flip-flop.

Figura 05: Filtro

4. Acionamento

Para alternar o estado do LED que será acionado pelas palmas usaremos um flip-flop tipo D, encapsulado no CI 4013. Esse flip-flop, com clock sensível a borda de subida, muda seu estado de saída para o mesmo estado que estiver na entrada D quando um pulso de clock for emitido ao circuito. Nesse projeto, o pulso de clock será a saída do temporizador 555. Para garantir que o circuito irá alternar seus estados a cada pulso de clock, ligaremos o flip-flop como flip-flop tipo T (toogle), onde conectamos a saída Q’ diretamente a entrada D. Assim, sempre que a saída Q estiver em 0, a saída Q’ vai estar em 1. Quando um pulso de clock chegar até o circuito, a saída Q muda para 1, a Q’ para 0 e quando um novo pulso chegar ao clock, a saída Q voltará para 0.
O LED será conectado à saída Q desse flip-flop por meio de uma resistência de 470 ohm. A importância dessa resistência é a limitação da corrente que passa pelo LED. É importante ressaltar que o LED será ligado ao flip-flop, ou seja, a corrente por ele drenada será fornecida por esse dispositivo. Nesse caso não tem muito problema porque a corrente é baixa. Mas para a ligação de outros componentes que drenem uma corrente alta se faz necessário um circuito de acionamento um pouco mais completo, com transistor e até relé, para aplicações que envolvem sistemas de potência.

Figura 06: Circuito de Acionamento

Conclusão

Figura 07: Circuito de completo 

O trabalho proposto integrou o conhecimento adquirido ao longo do semestre e no decorrer do curso de Engenharia Elétrica, como a eletrônica analógica com a digital, representada pelo flip-flop.
O circuito não apresentou muitos problemas no processo de desenvolvimento uma vez que ele foi montado seguindo as etapas explicadas no relatório. Um forte exemplo para esse fato é o tempo estimado para o monoestável foi de 7,48 ms e o obtido na prática de 7,7 ms. Valores esses muito satisfatórios para o que foi projetado.
Esse projeto pode ser considerado um protótipo para uma aplicação mais útil. Uma delas, simples e que pode ser muito usada no dia-a-dia, é o acionamento da iluminação de um determinado ambiente por palmas ou um estalar de dedos. Algumas modificações se fazem necessárias, como a remodelagem da parte de acionamento com a inserção de um transistor ou um relé de potência, mas o corpo do projeto é o mesmo.

Correção

  Por Retes em 22/12/2008 03:59

Pessoal,
Uma pequena correção no circuito.
Por favor, utilizem o CD4013 ao invés do 7474 citado no texto (texto já modificado). Usem o desenho esquemático. O 7474 tem uma pinagem e níveis de sinal diferentes do 4013 e não são compatíveis, necessitando alterções no circuito para o funcionamento.

Outras considerações:

  • VDD = 5V
  • Vss = -5V a -15V
  • terra = 0V
  • Os valores de capacitores não são críticos.

Thales Alexandre Carvalho Maia
Pedro Felipe Leite Retes


Universidade Federal de Minas Gerais – Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia Eletrônica
Curso de Graduação em Engenharia Elétrica
Laboratório de Eletrônica II
Trabalho Prático II
Professor: José Luiz Silvino
Alunos:
Thales Alexandre Carvalho Maia
Pedro Felipe Leite Retes

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Detector de 4 níveis de Tensão com LM339

Circuito simples que sinaliza 4 níveis de tensão através de LED, podendo ser utilizado como base para diversas outras aplicações.

Os resistores E1, R2, R3, R4 e R5 deve ser selecionados para os níveis de tensão desejados. A cada nível ultrapassado o LED correspondente acenderá.
Via Circuits-Lab.com. Publicado com autorização.

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Leitor RFID

Cartões RFID são normalmente usados para controle de acesso e tickets de ônibus e metrôs. Eles são convenientes porque não precisam de contato direto para transferir informações de/para o cartão. Como estes cartões são alimentados pelos próprios leitores, dispensam o uso de baterias que precisariam ser recarregadas.

Para os meus experimentos estou usando catrões da HID ISProx. Estes cartões são os mais simples de toda a linha de cartões RFID, que somente armazenam um número de série e não usam criptografia. A frequência da portadora é de 125kHz.
O primeiro passo é descobrir como desenvolver um leitor simples. Nós sabemos que o cartões RFID é alimentado pelo campo magnético emitido pelo leitos. As tags¹ RFID transferem informação de volta ao leitor consumindo este campo magnético, que é detectado pelo leitor como uma variação no campo.

¹ São chamados de “tags” RFID todos os elementos que armazenam informações e são móveis, como o cartão, neste caso específico.

 

O projeto mais comum de um leitor RFID faz uso de um circuito ressonante série. Ele consiste de um indutorsimples e um capacitor, excitados por uma fonte de tensão de baixa impedância. Se o Q do circuito for alto o suficiente, a tensão no ponto de amostragem (Vsample) vai exceder a tensão de alimentação. Quando o RFID é alimentado por este campo magnético o Q do circuito cai. O resultado é uma pequena alteração na tensão de amostragem (Vsample no circuito mostrado).

 

 

Eu criei um leitor simples com componentes encontrados em minha sucata. Usando um gerador de função como fonte de sinal e um osciloscópio no ponto de amostragem, eu pude sintonizar a frequência até encontrar o ponto ressonante do circuito. Eu continuei substituindo os capacitores neste circuito até encontrar a frequência que eu estava procurando. O cálculo da frequência é este:
Fórmula Frequência de Saída

 

Por alguma razão eu me confundi e iniciei o projeto tendo em mente a frequência de 150kHz ao invés de 125kHz. As tags RFID respondem bem a uma frequência mais alta, então eu mantive assim para evitar voltar a trás e redesenhar todo o circuito. 🙂

Com um ajuste simples eu verifiquei quais alterações aconteciam quando a tag RFID era submetida a 4 ou 5 ciclos de frequência da portadora. Uma vez que o sinal precisa ser AC e não DC, eu assumi que a frequência de transmissão seria 150kH/8 = 18.75kHz ou 150kHz/10 = 15kHz. Este detalhe eu encontrei em um site que foi realmente útil por conter boas informações sobre RFID:http://instruct1.cit.cornell.edu/courses/ee476/FinalProjects/s2006/cjr37/Website/index.htm.

tag aparentemente codifica o dado usando FSK. As duas frequências representam o 0 e 1 lógicos.

Com esta informações em mãos, eu avancei e iniciei o projeto do meu próprio indutor-antena. Uma vez que eu mantive a idéia de usar 150kHz como frequência da portadora, eu fiz o cálculo e fiquei com uma indutância de 160uH e um capacitor de 10nF. Eu utilizei a seguinte equação para estimar o número de voltas que precisaria em minha bobina:

 

Onde x, y são o comprimento e a largura da bobina, h é a altura e b é a espessura da parte condutora. Eu utilizer x=y=6cm, h=1cm e b=0.3cm. O número encontrado foi 34. Eu enrolei a bobina em uma caixa de papel que encontrei, de onde eu extrai o x e y. Depois de enrolada, a bobina foi extraída e presa com fita adesiva.

 

 

 

Para um ajuste fino da frequência ressonante do sistema todo eu decidi brincar com o valor da capacitância. Usando o gerador de função para variar a frequência e visualizando o pico da saída com um osciloscópio, eu variei os valores dos capacitores até que o pico da resposta ressonante fosse a 150kHz. O capacitor final foi de 0.056uF. Uma vez que o meu capacitor precisa ser um valor de mercado, a bobina que eu construí precisa ter uma indutância maior que 160uH.

 

O próximo estágio era projetar o circuito analógico. Eu usei o confiável AMPOP TL062 (eu já possuia vários desses em casa). As frequências envolvidas neste circuito são relativamente baixas, então a baixa peformace em frequência deste AMPOP não é problema. Eu havia decidido evitar um circuito complexo, então elegi o circuito mais simples que poderia ser usado.

Então, a idéia é usar um simples diodo detector. Este detector de tensão passar por um primeiro AMPOP configurado como amplificador inversor com uma resposta em frequência passa baixa. Isso removerá uma boa parte do volume da portadora. O próximo estágio do circuito analógico é extrair o sinal FSK. O circuito mais simples que me veio a mente foi um filtro ressonante passa banda com frequência central em torno de 17kHz. Isso só me custaria um AMPOP. Este circuito foi desenhado no SPICE e o gráfico da frequência de resposta é mostrado no final desta página.

A saída do passa banda é um sinal que pode ser diretamente conectado à um microcontrolador PIC. Eu escolhi para este projeto o bom e velho microcontrolador PIC16F628A. Com o comparador interno eu posso receber o sinal diretamente do AMPOP e extrair o sinal digital.

A decodificação do sinal FSK é feita por software, o que realmente é interessante para não aumentar a nossa lista de componentes.
Para decodificar o sinal FSK eu implementei três subrotinas que usam o TMR0 para marcar o tempo passado entre as mudanças detectadas na saída do comparador. Nenhuma interrupção é usada. Ao invés disso, as rotinas foram colocadas em loop até que um estado de mudança é detectado. O loop que faz a detecção leva em torno de três ciclos de CPU para rodar; assim, dependendo de quando a mudança ocorre, o erro máximo é de 3 ciclos.

Alguém que conhece como o hardware do PIC funciona poderia me perguntar porque eu não usei o módulo CCP (Compare and Capture). Infelismente eu utilizei o módulo PWM para gerar a portadora de 150kHz. Como o CCP compartilha recursos com o módulo PWM, apenas um deles pode ser ativado por vez.

Para ter uma idéia geral de como o sinal FSK aparece depois de digitalizado, eu adicionei um modo debug onde ele irá capturar um número de ciclos de CPU ocorridos entre cada mudança no sinal de entrada.

Devido às limitações da memória on-chip, somente 80+64 pontos de dados foram capturados. Isso não é grande o sufuciente para decodificar o dado, mas é suficiente para nós desenharmos uma visão geral de como o sinal se parece.

Saída do modo Debug, logo após o final do contador de ciclos

  Debug Out

Neste gráfico, os números no eixo Y representam o tempo (em ciclos de CPU) entre cada mudança de estado no sinal de entrada. Eu decidi que 85 era um número bom para saber se o sinal de entrada era zero ou um. No futuro eu acabei decidindo alterar a rotina de decodificação para contar o tempo gasto entre cada borda de subida do sinal (uma vez que o sinal não possui componente DC, isto economizaria memória já que eu só guardaria um bit ao invés de dois). Assim, a constante utilizada no firmware do PIC cresceu e eu estou usando 170 (2x 85).

A sequência decodificada dos dados se parece com:

	0000000000000000000000001111111111111111000001111110000001111100000011111000000111111 ... ...
	111111000001111110000001111100000011111111110000000000001111111111100000011111000000000000 ...
	0000001111110000001111111111000000111111000000000000000000000000111111111111111100000

Você pode ver que o dado inicia com vários zeros, seguidos de alguns números 1 que são o dado atual. A sequência inteira continua a se repetir.
Eu conheço o sinal codificado em Manchester, então, a partir do sinal, eu posso chegar à seguinte conclusão:
1. A sinal inicia com uma sequencia de zeros, superior a vinte zeros.
2. A segunda sequência também é sempre uma sequência de 1 com pelo menos 15 bits.
3. Para cada bit existem entre 10 e 12 números zero ou um.
4. O bit é zero se não existe nenhuma mudança no sinal durante o tempo de um bit.

Um gráfico rápido pode ser desenhado:

	111111000001111110000001111100000011111111110000000000001111111111100000011111000000000000
	-----------|-----------|----------|_________|___________|__________|----------|___________
	     1           1           1         0          0          0           1           0

Com essas regras em mente, eu adicionei a função para decodificar o dado. Como um resumo de todo o sistema eu adicionei os seguintes diagramas:

Diagrama de blocos

Diagrama de Blocos Leitor RFID

Esquemáticos:

Analógico

Esquema Analógico

  Microcontrolador

Esquema MCU

Simulação Passa-Faixa:

Simulação Passa Banda

Conclusão

Atualmente eu ajustei o Vcc para 10V. A tensão se +5V é extraída a partir de um regulador de tensão 78L05. O Vref é setado pata a metade da tensão de alimentação, 2,5V. Isso é feito utilizando um simples divisor resistivo de 4,7k ohm.

O código fonte pode ser baixado logo abaixo. Existem duas versões:

Revisão 1: 1º de Maio de 2007 – Lançamento inicial

Revisão 2: 5 de Maio de 2007 – Revisão 2

  Recursos adicionados:
Auto start, iniciado quando o pino PB7 é colocado em nível alto;
Suporte a um buzzer, saída no pino 4
Detecção automática do cartão

Desenvolvido por Rick Huang.

Adaptado para o português por Eletronica.org, com autorização do autor.

Anexos

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